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Questões aula 29 – O espaço das cidades

Conteúdo: Cidades; Expansão horizontal; Verticalização; Valorização urbana; Centralidade urbana, gentrificação, segregação socioespacial, questão habitacional, violência. Especulação imobiliária; Tribos urbanas; Mobilidade urbana.

Objetivo: Entender o processo de produção do espaço das cidades. Destacar dois processos fundamentais: o de formação e transformação das centralidades e o de segregação socioespacial.

Questão 01

(UNICHRISTUS 2018)

O QUE É GENTRIFICAÇÃO E POR QUE VOCÊ DEVERIA SE PREOCUPAR COM ISSO?

“Para entender gentrificação, imagine um bairro histórico que está em decadência ou que, apesar de estar bem localizado, é reduto de populações de baixa renda, portanto, desvalorizado. Lugares que não oferecem nada muito atrativo para fazer… Enfim, lugares que você não recomendaria o passeio a um amigo.

Imagine, porém, que, de um tempo para cá, a estrutura desse bairro melhorou muito: aumentou a segurança pública e agora há parques, iluminação, ciclovias, novas linhas de transporte, ruas reformadas, variedade de comércio, restaurantes, bares, feiras de rua… Uma verdadeira revolução que traria muitos benefícios para os moradores da região, exceto pelo fato de que eles não podem mais morar ali”.

Disponível em: http://www.courb.org/pt. Acesso em: 6 de agosto de 2017.

Considerando o desfecho do processo de gentrificação, pode-se afirmar que

s29q1

a) o padrão imobiliário melhora e ocorre a inclusão de todos os moradores.

b) a infraestrutura passa por uma reformulação e garante a todos dignidade.

c) aumentam os tributos a partir das mudanças na infraestrutura urbana.

d) há locação dos mais carentes em zonas de melhor estrutura urbana.

e) revitaliza o espaço urbano e materializa o conceito de cidadania participativa.

Questão 02

(ENEM 2017)

“A configuração do espaço urbano da região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às demais aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do pais, onde é facilmente identificável a constituição de um centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram as oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a constituição de uma região periférica concentradora de população de baixa renda, com acesso restrito às principais atividades com capacidade de acumulação e produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura básica”.

CAIADO, M. C. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno. In: HOGAN, D. J. et al. (Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.

A organização interna do aglomerado urbano descrito é resultado da ocorrência do processo de:

a) expansão vertical.

b) polarização nacional.

c) emancipação municipal.

d) segregação socioespacial.

e) desregulamentação comercial.

Comentário:

A organização urbana descrita no texto caracteriza o macrocefalismo, no qual há um centro urbano mais desenvolvido, que concentra a maior parte da infraestrutura e maior oferta e qualidade de serviços; na periferia, a infraestrutura é rarefeita e de menor qualidade.

a) Incorreta. A questão apresenta uma dinâmica de horizontalidade da expansão urbana contrapondo áreas centrais (dinâmico e desenvolvido) e periféricas (restrita em sua produção, infraestrutura e serviços sociais). Dessa forma, tal contraposição não se expressa na verticalização, processo este associado à apropriação do solo urbano visando o aproveitamento do mercado imobiliário de áreas mais valorizadas na cidade.

b) Incorreta. O texto não discorre sobre fenômenos de concentração e polaridade política ou econômica no território nacional, mas sim das diferenças espaciais que marcam o contexto de regiões metropolitanas, no caso, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF).

c) Incorreta. A dinâmica apresentada ocorre na área urbana do Distrito Federal, que por sua vez não possui municípios e sim Regiões Administrativas. Deste modo, o processo descrito no texto introdutório não possui relação com criação de novos municípios.

d) Correta. Diferenças socioeconômicas expressam-se no espaço urbano por meio da separação física entre áreas desenvolvidas “onde se concentram as melhores oportunidades de trabalho e os principais serviços” e áreas pouco desenvolvidas, mais pobres e “com acesso restrito às principais atividades de acumulação e produtividade”.

e) Incorreta. As atividades comerciais em território brasileiro estão sujeitas às regulamentações dos agentes públicos objetivando tanto seu ordenamento espacial quanto cobrança de impostos e licenças que permitam sua realização. Assim, o fenômeno descrito não resulta dessa lógica.

Questão 03

(UEFS-BA 2017) Entre as décadas de 1940 e 1980, a população brasileira passou de predominantemente rural para majoritariamente urbana. Impulsionado pela migração de um vasto contingente de pessoas economicamente fragilizadas, esse movimento socioterritorial ocorreu sob a égide de um modelo de desenvolvimento urbano excludente e altamente concentrador.

(Https://raquelrolnik.wordpress.com. Adaptado.)

Dentre as características do modelo de desenvolvimento urbano apontado, destaca-se:

a) o comprometimento do processo de especulação imobiliária que resulta na desvalorização das áreas urbanas centrais.

b) o aumento de projetos público-privados para a redução do custo de vida que fomenta a segregação socioespacial.

c) a diminuição na construção de condomínios fechados em zonas próximas aos centros urbanos para a população de alta renda.

d) a convergência da população de baixa renda para locais que a legislação urbana ou ambiental não disponibilizou para o mercado formal.

e) a implantação de ações voltadas ao mercado informal com o intuito de conter as franjas de expansão periférica.

Questão 04

(IFMT 2016) A disseminação de bairros pobres e as tensões no espaço urbano brasileiro, baseado em um modelo econômico excludente, com poucas ações governamentais, têm levado muitos grupos rebelados reivindicar o direito à cidadania, apoiando-se em:

a) organizações de novas territorialidades que mantêm o poder por meio do uso da coação e da violência.

b) ações como arrastões, saques ao comércio em respostas à situação de exclusão social.

c) movimento dos trabalhadores sem teto, que promove ocupações de prédios ou terrenos destinados à especulação imobiliária.

d) ocupações ilegais em áreas do poder público ou mesmo particular, mas com infraestrutura.

e) grupos como os banqueiros do jogo do bicho e milicianos, que nas últimas décadas, têm tutelado essas porções das cidades, diminuindo os problemas causados pela ausência do Estado.

Questão 05

(PUC-MG 2016) Observe a charge abaixo. O tema abordado na ilustração remete ao seguinte:

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a) O acesso à cidade mediada pelos mecanismos de políticas urbanas que enaltecem a valorização das habitações populares.

b) O processo de metropolização, que se caracteriza pela presença dos corredores de trânsito rápido.

c) O uso do solo urbano mediado pela presença do capital imobiliário que, a partir do mercado de terras, modifica o cotidiano citadino.

d) As relações sociais de produção, que, a partir do uso e ocupação do solo urbano, promovem políticas espaciais inclusivas.

Questão 06

(IFPE 2014) Analise a figura e o texto a seguir para responder à questão.

s29q6

“Da falta de saneamento básico à ausência de asfalto, os obstáculos variam - até a localização do assentamento pode ser um problema. “As favelas costumam surgir em regiões que outros empreendimentos imobiliários não ocuparam: sob pontes e viadutos, à beira de córregos ou em encostas de morros”, diz Alex Abiko, professor de engenharia civil da USP. A urbanização de favelas no Brasil é recente. Nos anos 60, os moradores eram simplesmente removidos. Depois, por volta dos anos 80, programas do governo passaram a resolver questões pontuais, como redes de água. Hoje, os projetos incluem não só infraestrutura, mas também melhora na qualidade de vida”.

Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br. Acesso em: 03set.2013.

Assinale a alternativa que descreve corretamente a forma de ocupação observada na imagem, tão comum em muitas cidades brasileiras:

a) Construções em área sujeita a inundações periódicas nas épocas mais chuvosas.

b) Área assistida pelo Poder Público, em relação ao problema de déficit habitacional.

c) Ocupação ilegal em área de unidade de conservação ambiental.

d) Construções em encosta com obras de contenção e drenagem das águas da chuva.

e) Ocupação de área risco, em encosta sujeita a deslizamentos de terra.

Questão 07

(FUVEST 2023)

“Em nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território (...) reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. É, com efeito, próprio de nossa época não reconhecer, em relação a qualquer outro grupo ou aos indivíduos, o direito de fazer uso da violência, a não ser nos casos em que o Estado o tolere: o Estado se transforma, portanto, na única fonte do ‘direito’ à violência”.

WEBER, Max. Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1970.

“Com a entrada das milícias na disputa por territórios no Rio de Janeiro, elas passaram a se digladiar pelo domínio geográfico das comunidades cariocas e fluminenses (...). Embora as milícias também comandem a comunidade com tirania e sua autoridade se mantenha à base de ameaças, como fazem os traficantes, e aqueles que contestam seu poder possam perder a vida e sofrer torturas, ao contrário do tráfico, os milicianos se vendem como fiadores de mercadorias valiosíssimas: ordem, estabilidade e possibilidade de planejar o futuro, aliança política com o Estado e a polícia. (...) O lado impopular desse modelo é que a maior parte das receitas para bancar o negócio vem da extorsão dos habitantes”.

PAES MANSO, Bruno. A república das milícias. São Paulo: Todavia, 2020.

A partir da definição de Estado proposta por Max Weber e de acordo com a citação de Paes Manso, como é possível analisar a atuação das milícias no Rio de Janeiro?

Ajuda:
s29q7

Ao comparar o que Max Weber define como o papel do Estado, que é ter o controle exclusivo sobre o uso legítimo da violência, com a maneira como as milícias atuam, percebe-se uma discrepância. Enquanto o Estado tem esse controle reconhecido legalmente, as milícias desafiam essa autoridade ao impor sua própria ordem por meio de métodos ilegais e violentos. É importante entender como cada um exerce sua autoridade e em que circunstâncias essa autoridade é considerada legítima para compreender melhor a questão. Tente fazer sem ver a resposta.

Resposta:

Resposta: Letra C.
As milícias desafiam o monopólio do uso legítimo da violência física do Estado ao utilizar a violência ilegalmente para controlar determinados territórios.

a) As milícias, assim como o Estado, controlam a população e mantêm a ordem em determinado território com o uso ilegal da violência, da ameaça e da extorsão.

b) As milícias contribuem para o exercício do monopólio do uso legítimo da violência pelo Estado, pois garantem a imposição da ordem e o controle do tráfico nos territórios que dominam.

c) As milícias desafiam o monopólio do uso legítimo da violência física do Estado ao utilizar a violência ilegalmente para controlar determinados territórios.

d) As milícias diferenciam-se dos traficantes ao atuar pacificamente em resposta à reivindicação popular por maior estabilidade e ordem nos territórios em que atuam.

e) As milícias e os traficantes, assim como o Estado, possuem autonomia e legitimidade para usar a violência e controlar territórios.

Comentário:

a) Incorreta. Esta alternativa exagera ao afirmar que as milícias controlam a população e mantêm a ordem de forma semelhante ao Estado. Enquanto o Estado possui legitimidade e estrutura legal para exercer o controle social, as milícias operam à margem da lei, utilizando violência, ameaças e extorsão de maneira ilegal.

b) Incorreta. Esta alternativa distorce a função das milícias ao sugerir que elas contribuem para o exercício do monopólio estatal da violência. Na verdade, as milícias desafiam esse monopólio ao atuarem ilegalmente para controlar territórios, muitas vezes competindo com o Estado.

c) Correta. Esta alternativa está correta porque reconhece que as milícias desafiam o monopólio do uso legítimo da violência pelo Estado ao empregar violência ilegal para controlar determinados territórios. Isso está alinhado com a definição de Max Weber sobre o Estado detentor do monopólio da violência legítima.

d) Incorreta. Essa alternativa está equivocada ao sugerir que as milícias atuam pacificamente em resposta a uma demanda popular por estabilidade e ordem. Na verdade, as milícias frequentemente recorrem à violência e à intimidação para impor seu controle sobre as comunidades que dominam.

e) Incorreta. Esta alternativa também está errada ao equiparar as milícias e os traficantes ao Estado em termos de autonomia e legitimidade para usar a violência. Enquanto o Estado possui um aparato legal e é reconhecido internacionalmente, as milícias e traficantes atuam de maneira ilegal e muitas vezes violenta, desafiando a autoridade estatal.

Questão 08

(ENEM 2023)

“Os movimentos da agricultura urbana no Rio de Janeiro vêm crescendo nos últimos vinte anos, tanto por meio de reproduções de modelos de vida antigos, vinculados ao resgate dos próprios costumes, como — e cada vez mais — são revelados hábitos inventivos nos quais moradores urbanos de diferentes classes sociais, sem nenhuma referência anterior com o campo, passam a se dedicar a essas atividades. Ao possibilitar o acesso ao plantio e, consequentemente, à alimentação, permite-se uma nova relação com o que se come, reduzindo o percurso da cadeia produtiva e aproximando produtores de consumidores, pois ambos se confundem nas experiências de agricultura urbana”.

PORTILHO, M.; RODRIGUES, C. G. O.; FERNANDEZ, A. C. F. Cultivando relações no arranjo local da Penha: a mobilização de mulheres a partir das práticas de agricultura urbana na favela. Cidades, Comunidades e Territórios, n. 42, jun. 2021.

A prática agrícola destacada no texto apresenta como vantagem no espaço urbano

Ajuda:

Para acertar a resposta correta nesta questão, é importante focar nas informações fornecidas no texto sobre as vantagens da prática agrícola urbana. O texto destaca que a agricultura urbana no Rio de Janeiro tem crescido, proporcionando acesso ao plantio e à alimentação, além de reduzir o percurso da cadeia produtiva e aproximar produtores e consumidores. Portanto, ao considerar essas informações, é possível deduzir que a resposta correta está relacionada a uma vantagem que se alinha com esses aspectos positivos da agricultura urbana, como a prática que pode transformar áreas subutilizadas em espaços produtivos e sustentáveis. Tente fazer sem ver a resposta.

Resposta:

Resposta: Letra A
Ocupação de lugares ociosos.

a) ocupação de lugares ociosos.

b) densificação da área central.

c) valorização do mercado externo.

d) priorização de insumos químicos.

e) mecanização de técnicas de cultivo.

Comentário:

a) ocupação de lugares ociosos: Correto. A agricultura urbana pode ocupar áreas ociosas da cidade, transformando espaços improdutivos em locais de cultivo, contribuindo para o uso mais eficiente do espaço urbano.

b) densificação da área central: Incorreto. A prática de agricultura urbana não necessariamente leva à densificação da área central, mas sim à ocupação de espaços ociosos em diferentes partes da cidade.

c) valorização do mercado externo: Incorreto. A agricultura urbana geralmente está mais relacionada à produção local para consumo interno do que à valorização do mercado externo.

d) priorização de insumos químicos: Incorreto. Uma das vantagens da agricultura urbana é a redução do uso de insumos químicos, favorecendo práticas mais sustentáveis e saudáveis.

e) mecanização de técnicas de cultivo: Incorreto. A agricultura urbana frequentemente envolve técnicas de cultivo manuais e de baixa mecanização, devido ao espaço limitado e à necessidade de uso eficiente do espaço.

Questão 09

(ENEM 2013) Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.

MARICATO. E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis Vozes. 2001.

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A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreas periféricas pelo(a)

a) crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.

b) direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.

c) delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.

d) implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.

e) reurbanização de moradias nas áreas centrais, mantendo o trabalhador próximo ao seu emprego, diminuindo os deslocamentos para a periferia.

Comentário:

As cidades brasileiras estão constantemente em transformação, a partir da ação de diversos atores, entre eles os agentes imobiliários, que interferem na valorização e especulação de certas áreas das cidades, que vão atrair grande contingente populacional, havendo o crescimento da população urbana.

Questão 10

(UNIOESTE-PR 2010)

"Existem duas ou diversas cidades dentro da cidade. Este fenômeno é o resultado da oposição entre níveis de vida e entre setores de atividade econômica, isto é, entre classes sociais. Pode ser verificado e medido pela análise diferencial de um certo número de características do habitat e dos serviços de cada bairro, assim como pelas trocas entre as diferentes frações do tecido urbano".

(SANTOS, Milton. Manual de Geografia Urbana. São Paulo: HUCITEC, 1989, p. 185).

s29q10

Considerando a passagem acima, assinale a alternativa INCORRETA relacionada às condições de vida nas cidades contemporâneas.

Temos de um lado a cidade formal, geralmente caracterizada pelo planejamento, com bairros ricos, arborizados e com bom nível de equipamentos urbanos e serviços. De outro lado, temos a cidade informal, composta pela periferia pobre, pelas favelas, sem planejamento e contando com ocupação desordenada

a) A ação do poder público torna-se necessária para melhorar as condições de vida da população urbana, com a implantação de parques e áreas verdes, a organização do sistema de transporte coletivo, investimentos em moradias populares e saneamento básico, entre outras ações.

b) Nas metrópoles brasileiras, uma situação que dificulta a melhoria das condições de vida dos mais pobres está ligada à especulação imobiliária, que expulsa a população de baixa renda das áreas urbanas em melhores condições.

c) A precarização do uso do solo nos grandes centros urbanos é consequência direta da ação de movimentos sociais organizados que constroem barracos em áreas públicas ou privadas de maneira irregular.

d) A migração em larga escala da população do campo para as cidades, fenômeno característico da segunda metade do séc. XX, resultou no crescimento desordenado das periferias urbanas, marcadas pelo baixo investimento em infraestrutura básica